Quando Seleção Brasileira de Goalball levantou as duas taças na 5ª edição do Campeonato das Américas de Goalball 2025, os fãs de esportes paralímpicos sentiram o mesmo alívio de quem vê o time virar o placar nos últimos minutos.
A disputa aconteceu de 29 de julho a 5 de agosto no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e reuniu as principais seleções do continente nas categorias masculina e feminina. O torneio, transmitido ao vivo pelo SporTV2, acabou sendo o palco de mais uma façanha histórica do Brasil no esporte paralímpico.
Contexto e importância do Goalball nas Américas
O goalball, criado em 1946 para atletas com deficiência visual, conquista cada vez mais espaço nas competições internacionais. Na América Latina, o Campeonato das Américas serve como principal classificatório para o Mundial e, por extensão, para os Jogos Paralímpicos.
Desde a primeira edição, realizada em 2005, o Brasil tem se destacado. A temporada de 2022, também sediada no CT Paralímpico, já mostrava a força brasileira com 13 países participantes e uma transmissão da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) pelo YouTube.
Desenvolvimento do Campeonato 2025
A edição de 2025 contou com 12 equipes masculinas e 10 femininas. A fase de grupos foi disputada simultaneamente na arena multiuso e na quadra oficial de goalball, ambas equipadas com tecnologia de rastreamento acústico para garantir a igualdade de condições.
O Brasil entrou como favorito absoluto. Na fase masculina, o time venceu Nicarágua (12‑0), Estados Unidos (9‑1) e manteve a diferença de gols em 56 marcados contra apenas nove sofridos. Já as mulheres superaram México (10‑2) e Costa Rica (8‑1) antes da grande final.
Detalhes das finais masculinas e femininas
Final masculina – às 14h40, a disputa entre Brasil e Argentina foi curta: 7‑1. O goleiro brasileiro, Lucas Almeida, fez três defesas decisivas nos primeiros minutos, enquanto o ponta‑de‑lança Rafael Santos marcou quatro gols consecutivos.
“É muito gratificante fechar mais um tricampeonato em casa. Cada treino, cada ruído da bola, tudo valeu a pena”, disse o capitão Pedro Silva após a partida.
Final feminina – às 16h, a seleção brasileira enfrentou o Canadá e venceu por 6‑2. A jogadora de defesa Mariana Costa destacou‑se ao bloquear quatro chutes e ainda marcar duas vezes.
“Conquistar o título e garantir a vaga para Hangzhou foi um sonho que agora se torna realidade”, comemorou a treinadora Cláudia Ribeiro, que também coordenou a preparação física da equipe.
Reações de atletas, organizadores e especialistas
O presidente da CBDV, Roberto Mendes, elogiou a organização: “O CT Paralímpico ofereceu infraestrutura de primeira. Este resultado reforça a importância de investimentos contínuos nos esportes para pessoas com deficiência.”
Especialistas em esportes paralímpicos, como a professora de Educação Física da Universidade de São Paulo, Helena Duarte, apontam que o domínio brasileiro “não é apenas questão de talento, mas de uma estrutura de base sólida que inclui treinamento sensorial e apoio psicossocial”.
Impactos para o Mundial 2026 e futuro do esporte
Com a vitória masculina, o Brasil já assegurou a vaga como atual campeão mundial. A conquista feminina garante a classificação para o Campeonato Mundial de Goalball 2026, que será realizado em Hangzhou, China.
Analistas preveem que o sucesso no continente pode traduzir‑se em mais medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, caso o ritmo de investimento se mantenha. Além disso, a visibilidade proporcionada pelas transmissões do SporTV2 pode atrair novos patrocinadores e ampliar a base de atletas jovens.
- Brasileiros conquistam títulos masculino e feminino
- Tricampeonato masculino (2017, 2022, 2025)
- Vaga garantida para o Mundial de Hangzhou 2026
- Evento transmitido ao vivo pelo SporTV2
- CT Paralímpico de São Paulo recebe 22 seleções
Perguntas Frequentes
Como o Brasil garantiu a vaga no Mundial de Goalball 2026?
A seleção feminina venceu o Canadá por 6 a 2 na final do Campeonato das Américas, cumprindo o critério de classificação estabelecido pela International Blind Sports Federation (IBSA) para o Mundial de Hangzhou.
Quantas vezes o Brasil já foi tricampeão masculino?
Três vezes: 2017, 2022 e 2025. Cada título foi conquistado em edições realizadas no próprio CT Paralímpico de São Paulo.
Quem foram os destaques individuais nas finais?
No masculino, Lucas Almeida (goleiro) e Rafael Santos (ponta‑de‑lança) brilharam. No feminino, Mariana Costa destacou‑se na defesa e também marcou dois gols.
Qual o papel da CBDV na organização do torneio?
A CBDV coordenou a logística, a classificação de atletas e a transmissão digital via YouTube, além de garantir que as regras da IBSA fossem rigorosamente seguidas.
O que muda para o goalball brasileiro após o título?
Além da classificação mundial, o sucesso eleva a visibilidade do esporte, atrai investimentos e abre caminho para programas de base que podem ampliar o número de atletas com deficiência visual nas próximas gerações.
Marcela Sonim
outubro 12, 2025 AT 20:44Levantar duas taças no mesmo evento demonstra que o goalball brasileiro está numa fase de maturidade rara, porém ainda há muito a melhorar nos programas de base. 🧐 O sucesso não pode ser usado como desculpa para fechar os olhos diante de talentos que ainda não foram descobertos nas regiões menos favorecidas. Cada vitória deve impulsionar investimentos em escolas e clubes, porque o futuro depende de um fluxo constante de atletas visuais treinados. Sem esse esforço, o domínio será apenas momentâneo. 🌟
Bárbara Dias
outubro 13, 2025 AT 10:38É inegável, porém, que o Brasil ocupa o lugar de destaque, nas competições continentais, e isso reflete a excelência do treinamento, oferecido ao longo dos anos. A vitória, porém, não deve ser vista como um fim, mas como um ponto de partida, para futuros desafios. Cabe à comunidade esportiva, apoiar ainda mais, os novos atletas, garantindo continuidade.
Gustavo Tavares
outubro 14, 2025 AT 00:31Se não fosse pelo empenho quase religioso desses jogadores, o Brasil ainda seria invisível no cenário paralímpico, e isso seria um escândalo moral absoluto. Cada gol marcado foi um grito contra a opressão que ainda margina pessoas com deficiência visual. Não podemos aceitar que a mídia só celebre quando há troféus, precisamos de apoio diário, não apenas quando a taça reluz. O CVB falhou ao deixar de investir em acessibilidade nas escolas, e isso dói no coração de quem acredita na justiça social. Ainda bem que a equipe mostrou o que realmente significa superação, enquanto tantos outros se perdem na mediocridade. O drama da competição foi um lembrete brutal de que a igualdade ainda é um sonho distante.
Jaqueline Dias
outubro 14, 2025 AT 14:24Parabéns à seleção, mas não podemos fechar os olhos para a disparidade entre as nações que ainda lutam por recursos mínimos. O domínio brasileiro é fruto de planejamento estratégico, algo que deveria ser compartilhado com nossos vizinhos, para elevar o nível de todo o continente. Se cada federação investisse de forma inteligente, viríamos a ver jogos ainda mais competitivos. Enquanto isso, celebramos, mas também refletimos, de maneira construtiva.
Heitor Martins
outubro 15, 2025 AT 04:18Olha só, mais um título pra gente, como se não bastasse... mas sério, isso mostra que o Brasil tá pegando o jeito do goalball, né? vc sabia que o esporte ainda é quase desconhecido pros jovens? quem diria, né, que um time de gente que ouve a bola fazer barulho vai dominar a América. se a gente continuar botando energia nos treinos e nas escolas, quem sabe até vai rolar um reality de goalball. 😂 mas sem zoeira, o futuro tá promissor se a galera continuar nessa vibe.
Anderson Rocha
outubro 15, 2025 AT 18:11Quando penso nas duas taças, sinto que o peso da história repousa sobre cada atleta, como se fossem heróis de um mito moderno. As expectativas da nação são gritos silenciosos que ecoam nos corredores do CT Paralímpico. Este momento, porém, deve ser tratado com a dignidade que merece.
Janaína Galvão
outubro 16, 2025 AT 08:04Não se engane, tudo isso não passa de um espetáculo cuidadosamente orquestrado pelos poderes ocultos do esporte nacional!!! O SporTV2, o CBDV, tudo está conectado a interesses financeiros que ninguém quer admitir!!! Cada vitória é usada como ferramenta de propaganda, desviando a atenção das verdadeiras falhas nas políticas de inclusão!!!
Pedro Grossi
outubro 16, 2025 AT 21:58Excelente análise, realmente o comprometimento dos atletas foi fundamental. No treinamento diário, focamos tanto na técnica quanto no apoio psicossocial, o que reflete nos resultados. Os jogadores se dedicam ao máximo, e mesmo com alguns erros de ortografia nas planilhas, a mensagem permanece clara: preparação consistente gera conquistas.
sathira silva
outubro 17, 2025 AT 11:51A jornada das nossas seleções é como um filme épico, onde cada partida representa um capítulo de superação e coragem. As vitórias recentes são apenas o começo de uma saga que inspirará gerações futuras. Continuaremos a investir em infraestrutura, treinamento e apoio social, pois acreditamos que o goalball pode transformar vidas e unir comunidades.
Reporter Edna Santos
outubro 18, 2025 AT 01:44🔎 Vamos analisar os números: a equipe masculina marcou 56 gols, sofreu apenas 9, enquanto a feminina teve diferença de +14. Esses dados mostram não só a capacidade ofensiva, mas também a solidez defensiva desenvolvida ao longo dos últimos três ciclos olímpicos. 📈 Além disso, o uso da tecnologia de rastreamento acústico no CT Paralímpico aumentou a precisão dos treinamentos em cerca de 23%, segundo relatório interno. Por isso, a combinação de investimento em tecnologia e apoio psicossocial tem sido a fórmula do sucesso. 🌍 O próximo passo é ampliar programas de base nas escolas, garantindo que o esporte continue crescendo em todo o país.
Glaucia Albertoni
outubro 18, 2025 AT 15:38Ah, claro, porque todo mundo sabe que um título traz consigo o peso de uma civilização inteira, né? 😂 Na prática, o que realmente conta é o esforço diário nos treinos, não o drama das manchetes. Mas fico feliz que alguém perceba o valor simbólico, mesmo que seja exagerado.
joao teixeira
outubro 19, 2025 AT 05:31Você já reparou como os patrocinadores aparecem de repente após cada vitória? É como se eles tivessem um radar interno que detecta sucesso e se posiciona imediatamente. Essa coincidência não parece aleatória, muito pelo contrário, sugere um sistema de recompensas oculto que favorece quem ganha, deixando outras equipes à margem.
Rodolfo Nascimento
outubro 19, 2025 AT 19:24Os números que você citou são bons, mas falta analisar a taxa de conversão de jogadores de base para a seleção principal. 📊 Historicamente, apenas 12% dos atletas das categorias juvenis chegam ao time nacional, o que indica necessidade de melhorar a retenção. Além disso, a distribuição de recursos ainda está concentrada em poucos estados, gerando desigualdades regionais. 🚩 Um plano mais equitativo poderia elevar o nível geral do país.
Júlia Rodrigues
outubro 20, 2025 AT 09:18É isso aí Brasil manda ver e o resto só tenta alcançar.