Quando Bryan Mbeumo marcou o gol nos acréscimos, a vitória por 2 a 0 do Camarões sobre Maurício ficou selada no Côte d'Or National Sports Complex, em Saint Pierre, às 17h00 (horário local) de 8 de outubro de 2025. O duelo fazia parte da FIFA World Cup 2026 CAF Qualifiers – Grupo DCôte d'Or National Sports Complex, e o resultado manteve o líder Camarões a dois pontos da primeira colocação.
Contexto da fase de classificação
O Grupo D, que reúne Camarões, Ilhas de Cabo Verde, Angola, Líbia, Essuatíni e Maurício, tem sido um dos mais competitivos das qualificações africanas. Até o momento, Cabo Verde lidera com 20 pontos, fruto de seis vitórias e duas empates, enquanto Camarões traz 18 pontos, com cinco vitórias, três empates e uma derrota. O segundo lugar garante ainda uma chance de avançar nas eliminatórias, mas o caminho é mais longo e perigoso.
Para o Camarões, que já participou de cinco Copas do Mundo (1990, 1994, 1998, 2002 e 2010), o objetivo está claro: retomar o status de potência continental. Já o Maurício, com histórico mais modesto, luta para não cair ainda mais na tabela.
Detalhes da partida em Saint Pierre
A partida começou tímida, com ambas as equipes testando o meio‑campo. Aos 12 minutos, Vincent Aboubakar teve a primeira oportunidade de Camarões, mas a defesa de Maurício, liderada pelo capitão Khaled Khalil, afastou o perigo.
Gols e momentos decisivos
O primeiro gol veio ainda no primeiro tempo: aos 37 minutos, Nicolas Ngadeu‑Ngadjui recebeu um cruzamento de Jean‑Charles Tolo e finalizou com potência no canto direito, descontando 1‑0 para Camarões.
O segundo veio nos acréscimos da segunda etapa. No minuto 90+2, Bryan Mbeumo recebeu um passe em profundidade, driblou o zagueiro mauriciano e, com um chute firme de pé esquerdo, enviou a bola para o canto inferior esquerdo da rede. O placar saiu 2‑0, e a torcida presente (cerca de 3 500 espectadores) explodiu em comemoração.
O árbitro da partida foi Mustapha Ghorbal, de Argélia, que acompanhou o jogo sem grandes controvérsias.
Reações dos protagonistas
Logo após o apito final, o técnico Hugo Broos elogiou a disciplina tática da equipe: “Mantivemos a concentração nos momentos críticos. O gol de Bryan nos deu a vantagem que precisávamos para consolidar nossa posição”.
Do lado de Maurício, o capitão Khalil admitiu a frustração: “Perdemos oportunidades no ataque. Precisamos melhorar o aproveitamento e voltar mais forte nos próximos jogos”.
Os torcedores mauricianos, ainda que desapontados, reconheceram a qualidade do adversário, ressaltando que a viagem longa para a ilha não favoreceu o desempenho.
Impacto na corrida pela Copa do Mundo 2026
Com a vitória, Camarões aumentou sua média de gols marcados na fase de grupos para 1,8 por jogo, enquanto manteve a defesa sólida, sofrendo apenas 0,6 gols por partida. Essas estatísticas são decisivas, já que o critério de desempate no caso de igualdade de pontos favorece o saldo de gols.
Se o Camarões conseguir vencer o próximo confronto direto contra Cabo Verde – que tem a vantagem de jogar em casa – poderá assumir a liderança do Grupo D. Caso contrário, pode precisar depender de resultados de Angola e Líbia nas rodadas finais.
Para o Maurício, a derrota mantém a equipe na quinta colocação, com apenas 5 pontos. A matemática é dura: ainda precisam vencer os dois últimos jogos e torcer por resultados favoráveis contra Essuatíni e Angola para escapar da zona de rebaixamento dentro do grupo.
Próximos passos e cenários
O próximo desafio de Camarões será contra Cabo Verde, marcado para 15 de outubro, em Praia, capital cabo-verdiana. Uma vitória fora de casa poderia colocar os Leões na frente da tabela, enquanto um empate deixaria a decisão nas mãos de outros resultados.
Já Maurício encerra a fase de grupos contra Essuatíni, em 22 de outubro, no Estádio Anjalay. Uma vitória ainda pode garantir a permanência na categoria, mas a margem é estreita.
Histórico de confrontos entre Camarões e Maurício
- Desde 2008, Camarões venceu todas as 5 partidas contra Maurício.
- Campeões marcaram 19 gols e sofreram apenas 1 nas mesmas partidas.
- O último encontro, antes da classificação de 2025, ocorreu nas eliminatórias de 2014, com vitória camaronense por 4‑0.
Esse histórico psicológico favorece o Camarões, que entra em campo sempre com a confiança de quem nunca perdeu para o adversário. Contudo, o futebol brasileiro – e agora africano – costuma reservar surpresas, e a pressão de um jogo decisivo pode marcar diferença.
Perguntas Frequentes
Como a vitória afeta as chances de Camarões na classificação?
A vitória deixa Camarões com 18 pontos, apenas dois atrás do líder Cabo Verde. Com um saldo de gols de +12, a equipe controla o critério de desempate e, se vencer o próximo duelo, pode assumir a liderança e garantir a vaga direta para a Copa do Mundo 2026.
O que Maurício precisa fazer para não ficar na última posição do grupo?
O time precisa vencer a partida contra Essuatíni e depender de um resultado favorável contra Angola. Uma vitória combinada poderia elevar Maurício para a quarta posição, embora ainda esteja distante da zona de classificação.
Quem foram os destaques individuais da partida?
Além de Bryan Mbeumo, que marcou o gol da vitória, Nicolas Ngadeu‑Ngadjui foi fundamental na criação das jogadas, e o goleiro mauriciano Khalil Zaben fez duas defesas difíceis que impediram um placar ainda mais desfavorável.
Qual é a importância da próxima partida contra Cabo Verde?
Um triunfo fora de casa contra o atual líder colocaria Camarões na primeira posição, garantindo a vaga direta. Um empate deixaria a liderança em aberto, dependendo de resultados de Angola e Líbia.
Como o histórico de confrontos influencia o psicológico das equipes?
Camarões entra em campo confiante, já que nunca perdeu para Maurício desde 2008. Essa superioridade histórica pode gerar uma mentalidade de vitória precoce, enquanto Maurício precisa superar a crença de que o adversário é invencível.
Bruno Maia Demasi
outubro 9, 2025 AT 02:52Ah, a majestosa ópera das qualificatórias africanas onde Camarões desponta como o Orfeu moderno, driblando a realidade com a mesma destreza de um poeta cibernético que recita métricas de medo e glória; o gol de Mbeumo surge como um epígrafe de inevitabilidade, enquanto os críticos, pobremente armados, tentam decifrar o simbolismo de um passe que, evidentemente, transcende o mero futebol.