The Voice Brasil estreia nova temporada em parceria SBT e Disney+

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Em 6 de outubro de 2025, The Voice Brasil estreou sua nova temporada, marcando a primeira vez que o reality musical cai nas mãos do SBT em parceria direta com a plataforma de streaming Disney+. O lançamento, simultâneo na TV aberta e no serviço online, promete mudar a forma como o público brasileiro consome competições de canto.

A coletiva de imprensa aconteceu na última quarta‑feira, 1º de outubro, no Estúdio QUANTA, em São Paulo. Executivos das duas empresas, produtores da Formata Produções e a equipe técnica participaram para detalhar a estratégia.

Contexto histórico e a saída da Globo

Desde sua estreia em 2012 na Rede Globo, The Voice Brasil acumulou mais de 1,5 milhão de telespectadores por episódio, tornando‑se um dos reality shows de maior longevidade no país. A mudança para o SBT surge num momento em que as emissoras buscam reforçar o portfólio de conteúdo exclusivo para competir com o streaming, ao mesmo tempo em que a Disney+ procura ampliar seu catálogo de produções locais.

Detalhes da nova temporada

O apresentador da edição é Tiago Leifert, que retorna ao programa após um hiato de dois anos. Ele comandará o palco principal, enquanto Boninho, conhecido por seu trabalho em “Zorra” e “A Fazenda”, assina como showrunner e diretor artístico.

Os coaches – responsáveis por escolher e orientar os talentos – são Mumuzinho, a dupla Matheus & Kauan, Duda Beat e Péricles. Essa variedade garante presença de samba, sertanejo, pop e pagode, reforçando a proposta de alcançar diferentes faixas demográficas.

Estratégia de distribuição e conteúdo exclusivo

Além da transmissão simultânea no canal de TV aberta, a Disney+ oferece, a cada episódio, 20 minutos de conteúdo extra – bastidores, entrevistas estendidas e performances que não aparecem na edição televisiva. Renato D'Angelo, CEO da Disney no Brasil, destacou que “o The Voice é o primeiro reality do Disney+ no país e traz um diferencial semanal que enriquece a experiência do assinante”.

A estratégia visa transformar o serviço de streaming em “destino diário”, garantindo que o público volte ao aplicativo não só para maratonar séries, mas também para acompanhar eventos ao vivo.

Reações dos envolvidos

A presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, afirmou que a parceria “é um privilégio gigantesco e representa a materialização de um sonho de levar emoções às casas dos brasileiros”. Ela ressaltou ainda que “o SBT tem história de realizar sonhos, e essa colaboração é a soma de três titãs”.

Daniela Busoli, CEO da Formata Produções, elogiou o nível técnico alcançado, dizendo que “é um prazer fazer parte desse projeto que une SBT, Disney+ e Boninho”.

Impacto no mercado de entretenimento

Impacto no mercado de entretenimento

A estreia marca a primeira incursão da Disney+ em reality shows no Brasil, sinalizando que a plataforma pretende investir em formatos ao vivo, além de séries ficcionais. Analistas da consultoria MediaPulse apontam que a combinação de TV aberta com streaming pode aumentar a audiência total em até 30%, já que o conteúdo extra atrai assinantes que ainda não consumiam a TV tradicional.

Para o SBT, que vem lutando contra a queda de audiência nos últimos anos, a alavancagem de um formato já consolidado traz esperança de recuperação de números – a emissora registrou 4,2% de share nas manhãs de outubro, ainda que ainda distante dos picos da década passada.

Próximos passos e expectativas

Os próximos episódios seguirão a mesma fórmula, mas a produção já promete surpresas: um “duelo de gerações” na décima semana e a estreia de um “wildcard” internacional, escolhido pelos coaches em colaboração com a Disney+. Enquanto isso, a Disney+ planeja lançar um documentário sobre a história da franquia The Voice no Brasil, previsto para o final de 2025.

  • Data de estreia: 6 / 10 / 2025
  • Transmissão simultânea: SBT (TV aberta) e Disney+ (streaming)
  • Conteúdo extra: 20 minutos semanais exclusivos no Disney+
  • Coaches: Mumuzinho, Matheus & Kauan, Duda Beat, Péricles
  • Apresentador: Tiago Leifert

Perguntas Frequentes

Como o conteúdo extra no Disney+ muda a experiência do espectador?

Os 20 minutos semanais trazem bastidores, entrevistas aprofundadas e performances que não entram na edição TV, permitindo que o assinante veja o processo de escolha das músicas e a história dos participantes, algo que antes ficava apenas nas redes sociais.

Quem são os novos coaches e que estilos musicais eles representam?

Mumuzinho traz o samba e o pagode, Matheus & Kauan reforçam o sertanejo universitário, Duda Beat representa o pop alternativo e Péricles, conhecido por seu carisma, amplia o repertório com MPB e baladas românticas.

Qual o impacto esperado da parceria entre SBT e Disney+ para o mercado publicitário?

Anunciantes agora podem veicular campanhas em dois canais simultâneos – TV aberta e streaming – aumentando o alcance demográfico e possibilitando segmentação mais precisa, o que deve elevar o investimento em publicidade em cerca de 15% nos próximos trimestres.

Quando será lançado o documentário sobre a história do The Voice no Brasil?

A Disney+ programou o lançamento para dezembro de 2025, reunindo entrevistas com ex‑participantes, professores e produtores, como uma retrospectiva que complementa a nova temporada.

A transmissão ao vivo do programa será disponibilizada em qualquer plano Disney+?

Sim, a transmissão ao vivo do episódio principal está incluída em todos os planos, mas o conteúdo extra de 20 minutos fica restrito ao plano padrão ou premium, incentivando upgrades entre os assinantes.

12 Comentários

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    Marty Sauro

    outubro 7, 2025 AT 21:31

    Uau, o The Voice finalmente saiu da Globo e foi parar no SBT – isso significa que a TV aberta ainda tem alguma relevância, né? O fato de ter a Disney+ como parceira parece um upgrade de 2025, embora eu me pergunte se o público vai conseguir acompanhar duas telas ao mesmo tempo. No fim das contas, é legal ver a produção ganhar um toque de streaming, mas vai ser que os fãs vão aceitar a mudança de canal? Quem sabe, talvez a combinação dê um empurrãozinho nas audiências, ou talvez acabemos vendo mais gente reclamando nas redes sociais. De qualquer forma, vamos dar uma chance ao novo formato, porque quem não curte um pouco de drama musical acompanhado de um extra de bastidores?

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    Aline de Vries

    outubro 8, 2025 AT 00:34

    Olha, eu realmente acredito que essa parceria pode mudar o jogo pra quem curte música ao vivo e não tem paciência pra ficar esperando nas filas de downloader. O Tiago Leifert de volta já anima, e os coaches são bem diversificados – tem samba, sertanejo, pop alternativo e MPB. Se vc quiser entender o processo inteiro, os 20 min de conteúdo extra no Disney+ são perfeitos pra aprofundar a história dos participantes. Ainda tem a questão de acessibilidade, porque nem todo mundo tem Disney+, mas pelo menos a transmissão ao vivo ainda rola na TV aberta. No geral, vejo isso como um passo positivo e acho que vai trazer mais gente pra casa, tanto no sofá quanto no celular.

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    Wellington silva

    outubro 8, 2025 AT 03:38

    É fascinante observar como a convergência entre TV aberta e streaming está redefinindo o modelo de negócio dos reality shows. A integração de conteúdo extra – bastidores, entrevistas detalhadas e performances exclusivas – cria um ecossistema de engajamento multicanal que potencializa o lifetime value do espectador. Além disso, a presença de um showrunner como Boninho traz uma camada de curadoria estética que pode elevar a produção a patamares antes vistos apenas em séries de alta qualidade. Do ponto de vista de métricas, esperamos um incremento de até 30% na audiência total, conforme apontam especialistas da MediaPulse. Em suma, o The Voice Brasil pode se tornar um case study sobre sinergia entre mídia tradicional e plataformas digitais.

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    Luziane Gil

    outubro 8, 2025 AT 06:41

    Que ótimo ver o SBT investindo em um formato tão querido como o The Voice! A presença de coaches tão variados vai trazer muita energia e diversidade musical pro palco. Também fico feliz que o Tiago Leifert está de volta – ele tem aquela energia contagiante que anima todo mundo. Espero que os bastidores no Disney+ mostrem um lado mais humano dos participantes, porque isso sempre dá uma conexão maior com o público. Vamos torcer pra que a parceria dê frutos e traga mais gente pra casa, seja na TV ou no streaming.

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    Cristiane Couto Vasconcelos

    outubro 8, 2025 AT 09:44

    Parceria interessante bom trabalho dos dois lados

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    Deivid E

    outubro 8, 2025 AT 12:48

    Mais um reality, nada de novo.

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    Túlio de Melo

    outubro 8, 2025 AT 15:51

    Considero que a estratégia de distribuição adotada, ao simultaneamente veicular o programa na TV aberta e no Disney+, reflete uma compreensão aprofundada das mudanças comportamentais do consumidor brasileiro. A inclusão de conteúdo exclusivo no streaming não só potencializa o tempo de visualização, mas também oferece oportunidades de monetização diferenciada. Assim, acredito que esse modelo pode servir de referência para outras emissoras que buscam ampliar seu alcance sem sacrificar a identidade de seus programas.

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    Jose Ángel Lima Zamora

    outubro 8, 2025 AT 18:54

    Em termos de análise regulatória e jurídica, é imprescindível observar que a cooperação entre um veículo de radiodifusão tradicional e uma plataforma de streaming internacional deve observar as normativas da Agência Nacional de Telecomunicações, bem como as disposições referentes à proteção de dados dos usuários, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados. Adicionalmente, a alocação de direitos autorais relacionada às performances inéditas no Disney+ requer acordos contratuais específicos que garantam a remuneração correta dos artistas e compositores envolvidos. Assim, a viabilidade jurídica deste acordo depende da conformidade com tais requisitos legais.

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    Davi Ferreira

    outubro 8, 2025 AT 21:58

    Concordo plenamente com o ponto levantado sobre a importância dos 20 minutos extras – eles realmente dão uma camada de profundidade que falta nos programas ao vivo. Além disso, a presença do Tiago Leifert traz aquele carisma que consegue manter o público engajado tanto na TV quanto no streaming. Quanto à questão da acessibilidade, acredito que a transmissão simultânea resolve boa parte do problema, permitindo que quem ainda não assinou o Disney+ acompanhe o show ao vivo.

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    Jeferson Kersten

    outubro 9, 2025 AT 01:01

    Embora a frase “Parceria interessante bom trabalho dos dois lados” seja sucinta, é preciso reconhecer que a estrutura dessa aliança traz implicações substanciais para o mercado publicitário, ao possibilitar campanhas segmentadas em múltiplos canais simultaneamente.

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    Jeff Thiago

    outubro 9, 2025 AT 04:04

    A proposta de integrar o The Voice Brasil ao ecossistema do Disney+ representa, em primeira instância, uma tentativa ousada de convergência midiática que merece ser analisada com rigor acadêmico.
    Entretanto, ao se debruçar sobre as implicações desse movimento, é imperativo considerar que a mera expansão de plataformas não garante, por si só, um aumento qualitativo da experiência do espectador.
    Os 20 minutos de conteúdo extra, embora laudáveis sob a perspectiva de enriquecimento de narrativa, podem ser percebidos como uma estratégia de retaliação à diminuição de atenção média dos usuários contemporâneos.
    Ademais, a escolha de coaches tão heterogêneos pode gerar uma diluição da identidade sonora que historicamente definiu o sucesso do programa.
    A presença de Tiago Leifert, embora carismática, não compensa a necessidade de inovação estrutural que o formato requer.
    Do ponto de vista econômico, a dupla transmissão pode elevar os custos operacionais sem assegurar, de maneira inequívoca, o retorno de investimento esperado.
    A segmentação de anúncios entre TV aberta e streaming, embora pareça vantajosa, ainda está sujeita a desafios regulatórios que não foram plenamente abordados pelos patrocinadores.
    A consolidação de dados de audiência entre as duas plataformas necessita de um framework de medição robusto, caso contrário, haverá risco de disparidade nas métricas.
    Em termos de produção, a logística de gravação de conteúdo extra para o Disney+ acrescenta complexidade ao cronograma, o que pode comprometer a qualidade dos episódios principais.
    A estratégia de lançar um documentário ao final de 2025, embora ambiciosa, pode ser percebida como uma tentativa de capitalizar nostalgia ao invés de fomentar inovação.
    Além disso, a decisão de restringir o conteúdo extra a planos padrão ou premium pode alienar parte do público que opta por planos mais econômicos.
    É necessário questionar se a proposta de tornar o Disney+ um “destino diário” não está subestimando a saturação de serviços de streaming no mercado brasileiro.
    A pressão por diferenciação pode levar a uma sobrecarga de funcionalidades que, em última análise, confundem o usuário final.
    Portanto, a análise deve focar não somente nos números de audiência projetados, mas também na sustentabilidade da estratégia de longo prazo.
    Em conclusão, embora a iniciativa apresente méritos evidentes, ela carrega riscos estruturais que demandam vigilância constante por parte dos stakeholders.
    Somente o tempo dirá se a união SBT‑Disney+ será um marco evolutivo ou simplesmente uma moda passageira no panorama televisivo.

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    Circo da FCS

    outubro 9, 2025 AT 07:08

    Não vejo problema nenhum mas a gente precisa cobrar mais conteúdo original honestamente a TV tem que inovar

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