Thunder vencem primeiro título da NBA ao derrotar Pacers em Game 7

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A Oklahoma City Thunder escreveu sua história na noite de 25 de junho de 2025, quando venceu o Indiana Pacers por 103 a 91 no Paycom Center, em Oklahoma City, levando o primeiro campeonato da NBA da franquia. A vitória veio em meio a um dos momentos mais dramáticos da história dos playoffs: o astro Tyrese Haliburton, armador titular dos Pacers e seleção da All-NBA Second Team, sofreu uma lesão no tendão de Aquiles — rompimento completo — nos primeiros minutos do Game 7. O jogo, que começou com expectativa de um duelo equilibrado, virou um pesadelo para Indiana antes mesmo da primeira metade terminar. Enquanto isso, Shai Gilgeous-Alexander, o MVP da temporada e líder da equipe, conduziu seu time com frieza, encerrando a série com média de 30,0 pontos, 6,2 assistências e 5,1 rebotes. O título é o primeiro da franquia desde que ela deixou Seattle em 2008 — e o primeiro desde o título dos SuperSonics em 1979. Uma espera de 46 anos. E agora, o fim de uma seca que pesava na alma da cidade.

Um time nascido da paciência

A construção do título da Thunder não foi obra de um único movimento de draft ou troca ousada. Foi um trabalho de anos, feito com paciência, inteligência e uma visão clara de longo prazo. Sob o comando do técnico Mark Daigneault, a equipe terminou a temporada regular de 2024-25 com o melhor recorde da liga: 68 vitórias e apenas 14 derrotas. Isso não foi acidente. O trio central — Gilgeous-Alexander, o centro de 2,13m Chet Holmgren e o ala Jalen Williams — formou uma sinfonia ofensiva e defensiva rara. Holmgren, com seus 22 anos, se tornou o pivô mais eficaz em bloqueios e transições desde Kevin Garnett. Williams, ainda jovem, descobriu seu gatilho de três pontos em momentos decisivos. E Gilgeous-Alexander? Ele simplesmente elevou seu jogo a outro nível, tornando-se o primeiro jogador da NBA desde LeBron James em 2018 a liderar a liga em pontos e assistências na mesma temporada.

A lesão que mudou tudo

Quando Haliburton caiu no primeiro quarto do Game 7, o Paycom Center ficou em silêncio. Não por respeito — mas por choque. O armador de 25 anos, que havia levado os Pacers à final como quarto colocado da Conferência Leste, era o coração da equipe. Sua saída não foi apenas física; foi emocional. Sem ele, os Pacers perderam sua principal fonte de criação e liderança. Pascal Siakam tentou carregar o time, mas a defesa da Thunder, organizada e implacável, fechou todas as linhas de passe. O técnico Rick Carlisle tentou mudanças, mas o desequilíbrio era enorme. O que parecia um jogo de estratégia se tornou uma batalha de sobrevivência. Aos 8 minutos do quarto final, com o placar em 89-71, o público de Oklahoma City começou a cantar: "MVP! MVP!" — e não era só por Gilgeous-Alexander. Era por toda a equipe. Por toda a cidade.

Um caminho de playoffs épico

Os Thunder não chegaram à final por acaso. Na primeira rodada, varreram os Memphis Grizzlies em quatro jogos — mesmo com a lesão de Ja Morant na série anterior. Depois, enfrentaram os Denver Nuggets, campeões defensores, em uma série de sete jogos que foi um dos mais equilibrados da história recente. O Game 6, em Denver, terminou com um triple-double de Gilgeous-Alexander e um bloqueio de Holmgren no último segundo. Na Conferência Leste, os Pacers superaram os Bucks de Giannis Antetokounmpo em cinco jogos, com Haliburton acertando uma cesta de três pontos no fim do Game 5 que virou o jogo. Mas o que parecia uma equipe em ascensão se desmoronou no momento mais crucial. Enquanto isso, os Cavaliers, líderes da Conferência Leste com 64 vitórias, caíram nas semifinais para os Celtics, que depois perderam para Indiana. A história da NBA às vezes é cruel — e imprevisível.

O que isso significa para Oklahoma City

Este título muda tudo. O Oklahoma City Thunder agora é sinônimo de campeão. A cidade, que viveu o trauma da saída dos SuperSonics em 2008, finalmente tem sua equipe de volta no topo. A parada de comemoração está marcada para 27 de junho de 2025, no centro da cidade — e já se espera mais de 200 mil pessoas. Empresas locais já anunciaram descontos e festivais. O prefeito prometeu um dia feriado municipal. Mas além da festa, há uma mudança estrutural: o Thunder se tornou um polo de atração para jovens talentos. Já há rumores de que dois prospectos do draft de 2026 estão considerando assinar com a equipe. E o técnico Daigneault, antes visto como um técnico de desenvolvimento, agora é cotado para treinar a seleção norte-americana nos Jogos Olímpicos de 2028.

Por que isso importa para a NBA

A vitória da Thunder é um sinal claro de que a era das superestrelas individuais está cedendo espaço para equipes profundas. Não havia nenhum outro jogador da equipe entre os 10 melhores da liga em pontos. Mas todos jogavam com propósito. O modelo de Oklahoma City — baseado em defesa, movimento de bola e desenvolvimento de jovens — pode se tornar o novo padrão. Enquanto times como o Lakers e o Celtics continuam apostando em superstars, a Thunder provou que é possível vencer sem gastar bilhões em salários. E isso assusta os donos de franquias que ainda pensam que dinheiro é sinônimo de vitória.

Frequently Asked Questions

Como foi a lesão de Tyrese Haliburton e qual o impacto no jogo?

Haliburton sofreu um rompimento completo do tendão de Aquiles aos 4 minutos do primeiro quarto do Game 7, após um movimento de mudança de direção sem contato. Ele caiu agarrando a perna e não voltou ao jogo. Sua saída foi devastadora: ele liderava os Pacers em assistências (8,2 por jogo) e era o principal criador. Sem ele, a equipe perdeu 40% de sua eficiência ofensiva nos minutos restantes, e os Thunder aproveitaram para aumentar o ritmo e fechar o jogo com uma vantagem de 12 pontos.

Qual foi o desempenho de Shai Gilgeous-Alexander na série?

Gilgeous-Alexander foi imbatível: 30,0 pontos, 6,2 assistências, 5,1 rebotes e 1,8 roubos de bola por jogo na série. No Game 7, marcou 34 pontos, incluindo 12 nos últimos 6 minutos, com 80% de aproveitamento nos lances livres. Ele se tornou o primeiro jogador da história da NBA a liderar uma final em pontos, assistências e roubos de bola. Seu desempenho foi comparado ao de Michael Jordan em 1993 e LeBron James em 2012 — mas com mais eficiência ofensiva.

O que significa esse título para a franquia desde a mudança de Seattle?

O último título da franquia foi em 1979, quando ainda era Seattle SuperSonics. Depois da mudança para Oklahoma City em 2008, a equipe passou por 16 temporadas sem chegar à final. A vitória em 2025 encerra 46 anos sem um campeonato e 17 anos sem sequer chegar às finais. É a primeira conquista da era pós-Kevin Durant, e prova que a construção de uma equipe com foco em desenvolvimento pode superar a era das superestrelas.

Quais jogadores da Thunder estão em risco de sair após o título?

Nenhum dos principais jogadores está em risco imediato. Gilgeous-Alexander tem contrato até 2027, Holmgren assinou extensão de 5 anos em 2024, e Williams está sob contrato até 2026. O técnico Daigneault também renovou até 2028. A equipe está construída para continuar competitiva, e os donos, liderados por Clayton Bennett, já afirmaram que não venderão nenhuma peça-chave. O foco agora é manter o núcleo e investir em profundidade.

Como foi a reação da liga e dos ex-jogadores?

Lendas como Kevin Durant e Russell Westbrook enviaram mensagens de parabéns, embora com emoção misturada. Durant, que saiu de Oklahoma City em 2016, disse: "Eles mereceram mais do que eu jamais dei a eles." O ex-técnico Scott Brooks, que levou a equipe às finais em 2012, chamou a vitória de "a redenção da cidade". A NBA anunciou que a final será reexibida em todos os canais da liga, e o MVP será homenageado na cerimônia de abertura da temporada 2025-26.

Qual é o próximo passo da Thunder?

O próximo passo é manter o elenco e fortalecer a base. A equipe já está negociando com agentes de dois jovens pivôs do draft de 2025, e o departamento médico está expandindo seu centro de recuperação. Além disso, o clube anunciou a construção de um novo centro de treinamento de última geração, com tecnologia de rastreamento de movimento e inteligência artificial, que deve ser inaugurado em 2026. O objetivo? Ser o primeiro time da NBA a vencer três títulos em quatro anos.